- SAÚDE SUSTENTÁVEL
Produtos femininos naturais, orgânicos, veganos e sustentáveis
Atualmente no mercado, os produtinhos naturais caíram no gosto das mulheres. Esse movimento ganhou o nome de Slow Beauty.
Por Gislene Ana Barbosa

Com cada vez mais pessoas fazendo skincare, aumentou a vontade de comprar produtos que sejam sustentáveis para o planeta. Esses itens já são famosos quando se trata de alimentação e cuidados com a casa, na beleza e higiene pessoal não poderia ser diferente.
O movimento Slow Beauty se trata de uma forma de incentivar o autocuidado através do consumo consciente de cosméticos naturais, veganos e orgânicos.
Um estudo realizado pela Kantar Worldpanel, observou que um pouco mais de 50% dos consumidores preferem produtos naturais, orgânicos, terapêuticos ou à base de ervas, sem sulfato ou não poluentes.
Isadora Pinheiro é esteticista natural e humanizada desde 2019, no entanto, com o começo da pandemia ela conseguiu dedicar mais tempo aos estudos naturalistas. Também pelo fato de perceber que os cuidados naturais nunca fizeram tanto sentido como agora, observando a necessidade de voltar o olhar não somente para a saúde humana, mas para o planeta.
Ela ressalta que os produtos naturais possuem uma proposta distinta dos convencionais, não é porque é natural que não vai fazer efeito.
“Existe muita tecnologia e ativos de alta performance que fazem o tratamento da pele de forma impecável, evitando, inclusive, os efeitos adversos que alguns ingredientes convencionais podem apresentar. Os cosméticos naturais são tão eficazes quanto os que não são, tratando a pele de forma gradual e não-agressiva – tanto para a saúde, quanto para o meio ambiente.”
A jornalista Thainá Jhenifer da Silva não consome carnes há cinco anos e já é vegana há mais de um ano, que foi quando decidiu utilizar os produtos veganos. Por isso, ela fala mais sobre o que um produto precisa para entrar nessa categoria, além de não ser testado em animais.
“Existe todo uma escala de produção para um produto estar na prateleira do mercado ou da farmácia, geralmente ele contém ingredientes de vários fornecedores. A empresa criadora precisa assegurar que seus fornecedores também não testam em animais, e que não existe nenhum ingrediente de origem animal vinda desses ingredientes. Cobramos também uma postura ética em relação à exploração animal e ao planeta. Empresas que levantam a bandeira do veganismo, mas patrocinam rodeios, ou estão envolvidas em projetos que devastam nossas florestas, não são veganas. O veganismo vai além de uma dieta, é uma ideologia e um movimento político, ele luta na medida do possível para que o mundo seja um lugar melhor.”
Inclusive o grupo de pessoas que não consome nada de origem de animal, normalmente são os mais preocupados com essa causa e a ativista Thainá explica o porquê disso acontecer.
“São 3 principais motivos: exploração animal, devastação do meio ambiente e a saúde. Às vezes as pessoas acabam optando por outros motivos, mas o veganismo se baseia nessas principais questões já que nossa ideologia é “excluir na medida do possível e do praticável” toda e qualquer forma de sofrimento animal, obviamente com os recortes sociais e de raça, pois antes de tudo, o veganismo também é um movimento político e necessita ser estudado e feito de forma consciente, não é apenas uma dieta.”
Além de cuidados com a pele, cabelo e corpo, as mulheres que menstruam têm a possibilidade de usarem coletores menstruais, calcinhas absorventes e até absorventes reutilizáveis. Esses produtos são mais ecológicos, econômicos e saudáveis.
Uma pesquisa feita pela Fleurity, marca de coletores menstruais, apurou que cada pessoa menstruante usa cerca de 10 mil unidades de absorvente ao longo do ciclo, da menarca (a primeira menstruação) até a menopausa, gerando em torno de 150 kg de lixo.
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