- COTIDIANO CONSCIENTE
Mulheres empreendedoras: educação, empreendedorismo e bem-Estar
A Revista Entre Asanas conversou com empreendedoras que vivem na pele a busca pelo equilíbrio entre as contas e bem-estar profissional e pessoal
Por Juliana Nascimento

Para marcar a 5ª edição da Semana Zen promovido pela Escola Riserva Zen Yoga Life, a Revista Entre Asanas está com uma série de reportagens especiais sobre a divulgação e programação do evento. A temática deste ano é “MULHERES NO YOGA: A CONSTRUÇÃO DO BEM-ESTAR”, e um dos assuntos que iremos abordar nessa matéria é sobre educação financeira, bem-estar e saúde de mulheres empreendedoras, cada um no segmento diferente, mas se encontrando nos desafios e conquistas comuns a todas que decidem empreender.
De acordo com uma pesquisa realizada em 2019, pelo IBOPE/ C6 BANK, apontou que apenas 21% dos brasileiros tiveram educação financeira na infância. Ainda segundo dados revelados da pesquisa, 38% aprenderam noções de educação financeira na adolescência (12 a 17 anos), 27% da faixa etária dos 12 a 24 tiveram conhecimento sobre educação financeira e, apenas 14% só tiveram informações a partir dos 25 anos.
A nossa primeira convidada a falar sobre sua experiência em empreendimento e visão financeiras, é de Recife, Pernambuco, Iranice da Silva Martins, 36 anos, mais conhecida como
. Ela se encaixa nos 14% da pesquisa, ou seja, só teve noções de educação financeira após os 25 anos. Nice é administradora e especialista em Gestão de Pessoas. A recifense trabalhou, por cerca de 10 anos, em bancos privados da capital pernambucana, tinha salário, benefícios e perspectivas de crescimento, mas o ambiente com muitas metas e pressão a fez mudar de objetivo profissional.
“Queria uma melhor qualidade de vida, buscar por um ambiente menos estressante, onde as pessoas fossem mais felizes. Poder proporcionar às pessoas, bem- estar, saúde e qualidade de vida. Ser empreendedor no Brasil não é uma tarefa fácil, são muitos desafios que um empreendedor pode enfrentar: carga tributária, processos muito burocratizados, pouquíssimo incentivo do Governo com relação ao crédito (principalmente nesse momento de pandemia”, explica.
Nice Martins revelou que o primeiro passo para mudança foi que não queria mais permanecer no banco, não se identificava mais com aquele ambiente de trabalho e isso começou a incomodar sua vida.
“Segundo passo foi encontrar algo que eu gostasse de trabalhar, uma área que tivesse a ver comigo. Terceiro, encontrar uma parceria que fosse muito parecida comigo (ter o mesmo objetivo, a mesma garra para o trabalho, a mesma ânsia em crescer profissionalmente). Quarto passo: planejar e estudar muito sobre o negócio( ficamos 2 anos estudando, planejamento, nos organizando financeiramente)”.
A administradora é sócia, atualmente, de uma clínica de saúde e beleza, OligoFlora, a qual atua em bem-estar, saúde, beleza, emagrecimento, massagem e procedimentos estéticos, ramo a qual Nice tanto desejava para o seu próprio bem-estar.
Questionada sobre o que falaria para ela mesma lá trás antes de empreender ela respondeu:
“Não tenha medo de investir, de apostar no que você acredita! Hoje eu vejo como uma realização de um sonho, olhar para o tamanho da empresa, toda estrutura pronta, vê uma equipe montada, poder cuidar de pessoas… é muito gratificante, claro que os desafios continuam e são muitos, mas posso dizer que cresci muito como pessoa, como profissional, estou muito mais madura do que 2 anos atrás”, destaca Nice.
Isso que aconteceu com Nice poderia a ter atrapalhado se não houvesse planejamento financeiro ou mesmo, educação/reeducação para isso. Para qualquer empreendimento é preciso estudo, dedicação e reorganização de contas e prioridades.