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Home Office: trabalhar de casa ou morar no trabalho?

Eis a questão que aflige grande parte dos trabalhadores brasileiros, que no ano passado incluíram o teletrabalho à lista de afazeres domésticos.


Por Raphaela Vitor


No cenário atual, trazer o trabalho para casa se tornou a única opção para alguns brasileiros, devido a pandemia de Coronavírus. Não sendo novidade há um tempo, o home office já faz parte da rotina de 7,3 milhões de trabalhadores, de acordo com o estudo do Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea) “O trabalho remoto e a pandemia: o que a pnad covid- 19 nos mostrou” com base na PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizado ano passado.

O que para alguns pode ser o paraíso, para outros pode se tornar um verdadeiro pesadelo. Misturar dois ambientes distintos como: o seu local de descanso e o de trabalho, é capaz de ser o ponta pé inicial para o declínio da saúde mental.


Conforme apontando no estudo da Oracle em parceria com RH Workplace Intelligence, em 2020, 70% dos brasileiros relataram o aumento no nível de estresse e ansiedade, fatores conectados com: a pressão para manter um alto desempenho, lidar com as rotinas diárias e com cargas horárias de trabalho irregulares.


“No começo é bem solitário trabalhar sozinha, até achei que iria preferir, mas no trabalho pelo menos tem a possibilidade de bater um papo com um colega, ter uma pausa para socializar, andar um pouco, no home office não, as ligações são só para falar de trabalho, então você passa seis, oito horas só conversando sobre isso, é literalmente um isolamento social”.

Relata a estagiária de planejamento Mariana Lião, inserida na parcela dos que aderiam ao trabalho remoto. Obviamente a falta de interação social no dia-dia não possui apenas o teletrabalho como denominador comum, afinal, existe uma vasta diferença entre o home office e home office durante uma pandemia.


Deve-se levar em consideração a atípica situação do atual cenário mundial, o sentimento de incerteza coletivo e a sobrecarga emocional, são alguns fatores que podem ser desencadeados pela quarentena.


Em situações normais, uma pausa para bebericar um café com um colega de trabalho, sair para almoçar ou até mesmo um happy hour após um exaustivo expediente, são pequenas recompensas que aliviam o estresse diário que o trabalho pode acarretar, tanto físico como mental.


Mas como se pode amenizar esse sintoma e evitar uma possível Síndrome de Burnout (síndrome do esgotamento profissional)? especialmente neste momento em que o escritório fez morada em sua residência e sem um tempo específico de estadia? O primeiro passo é saber que não existe uma fórmula mágica, cabe a você decidir qual sistema funciona atende melhor suas necessidades.





Com o esclarecimento deste primeiro tópico, podemos seguir adiante, e a redação do Entre Asanas separou algumas dicas de como conseguir estabelecer uma coexistência entre esses dois mundos casa/trabalho, sem que um colapse o outro:



Crie um espaço


Nem todos têm o privilégio de possuir um cômodo a mais em casa, principalmente se ainda mora com familiares, de fato ter um espaço pode ser uma missão impossível. Todavia, tente procurar por opções, ter um local reservado somente para o trabalho ajuda a sua mente a se organizar melhor.


Opte por cômodos ou espaços silenciosos e com uma boa iluminação, e se der invista em moveis confortáveis como por exemplo, cadeiras de escritórios ergonômicas. E ao final do expediente descanse em outro lugar da casa, assim seu cérebro se acostuma a associar que aquele local é somente para trabalho e não lazer.