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Dia Mundial da Educação: desafios, ganhos e reflexões em 2021
Por Carolina Grimião

Construir um cenário propício ao aprendizado em tempos de pandemia. Após um ano de isolamento, como que os profissionais da área estão se vendo e – ainda – se recriando nos modelos remotos que surgiram? No Dia Mundial da Educação, profissionais refletem sobre os desafios e legados desses tempos.
Aulas remotas, ensino à distância, atividades online... um ano após a pandemia, os profissionais da Educação seguem se reinventando entre os mais variados cenários da nossa sociedade. Do Ensino Básico ao Superior, os desafios foram – e continuam sendo – inúmeros: do acesso dos alunos às redes até manter o foco e o interesse ao longo das aulas; da ajuda das famílias nas atividades até a autonomia do estudo individual; das novas ferramentas tecnológicas até as barreiras de quem não possui o básico do dia a dia.
Hoje, dia 28 de abril, é comemorado o Dia Mundial da Educação. A data foi estabelecida no ano 2000 por líderes de 164 países durante o Fórum Mundial de Educação, em Dakar, no Senegal, simbolizando o acordo entre as nações envolvidas. O principal objetivo do encontro era a construção de uma sociedade mais justa através da educação com a participação da família e com meta até 2030. O que ninguém contava era aparecer, no meio dessa proposta, um cenário pandêmico com a necessidade do isolamento social e da criação de outras formas de trabalhar a aprendizagem. Mais de um ano depois, cumprir essa meta tomou outras proporções.
Nos anos iniciais, por exemplo, a participação da família teve um peso fundamental. Se antes os pais podiam deixar as crianças nas escolas, com a nova realidade, eles precisaram estar junto delas no horário das aulas:
“Acredito que eles puderam experimentar um pouco das dificuldades vividas em sala de aula pelos professores e com isso espero que passem a colaborar mais com a educação”, torce Talita Stutz, professora da rede pública de ensino que atua há mais de dez anos com Educação Infantil em creches municipais do Rio de Janeiro.
Empatia também enfatizada pelo Especialista em Gestão e Educação Glauber Lobato:
“Muitas famílias possuem acesso limitado a tecnologia, não sabem bem como utilizar e possuem dificuldades em como dar o suporte adequado às crianças e adolescentes. Em tempos de pandemia, realizar o ensino de forma remota, tem sido bastante desafiador tanto para professores quanto para os alunos e seus responsáveis”.
Educação e Tecnologia
Falando em desafios tecnológicos, segundo a pesquisa TIC Domicílios, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Educação (CETIC) divulgada em 2019, apenas 44% das casas da zona rural brasileira têm acesso à internet, enquanto na área urbana 70% dos lares estão conectados. Para a professora Talita, o desafio foi tanto para alunos quanto para professores:]
“Sem dúvidas a informatização do ensino foi a maior dificuldade. Seja com relação a adaptação do formato online, equipamentos e programas que precisarmos dar conta, como também a nova forma de se relacionar através da tela sem deixar que o vínculo professor × aluno se perca”, reforça.
Por outro lado, de acordo com o INEP/MEC, o número de matrículas no Ensino Superior dobrou no sistema EAD no período entre 2008 e 2018, atingindo cerca de 1.3 milhão de alunos. Glauber atribui parte dessa procura e adesão as novas formas de se fazer a educação à distância:
“Os professores tiveram que se reinventar, pois o tradicional quadro negro deu lugar à sala virtual, as apostilas às câmeras, vídeos e edições divertidas, reforçando a importância de se repensar a educação e suas práticas pedagógicas”.
E explica também o quanto qu