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A ciência do amor
Afinal de contas, o amor pode ser racionalizado e entendido pela ciência?
Por Agnes Lutterbach

Um dos maiores pesquisadores de amor e relacionamentos do Brasil e o primeiro brasileiro a receber o prêmio estudantil da Sociedad Interamericana de Psicología (SIP) em 2007 conversou com a redação da Revista Entre Asanas
Provavelmente quando se fala sobre amor ele é imaginado de forma filosófica, poética e sentimental. Aquele tipo avassalador que envolve os casais ou o maior de todo os amores, o que a mãe tem pelo seu filho. Mas e a ciência do amor? Talvez tenha te surpreendido a existência deste tipo científico e é por isso que o professor doutor Vicente Cassepp-Borges mostra a importância dele dentro da psicologia.
Uma das maiores causas da procura pelos consultórios psicológicos, a partir de uma determinada idade, tem a ver com amor. Apesar de trazer muitas alegrias, também pode ser a causa de suicídios, crimes passionais ou de sofrimento psíquico. Tão presente na sociedade, pode ser uma doença psiquiátrica, uma patologia que demanda estudo e pesquisa dentro da psicologia.
O que é o amor?
Defini-lo é difícil, até mesmo porque cada pessoa o enxerga de uma forma e não há só uma forma de amor. O professor doutor Vicente Cassepp-Borges busca na Grécia Antiga a explicação
“Gosto de recorrer aos gregos, porque eles não tinham uma palavra só para definir o amor. Eros, Ágape, Philia, Storge, há sete ou oito palavras diferentes para cada tipo de amor. Mas é um sentimento de querer estar próximo, de querer bem ao outro. Essa definição abrange todos os tipos, é universal”, elucida.
A psicologia positiva surgiu na virada do milênio em 2000 e passou a estudar os aspectos positivos do ser humano, não só as coisas ruins. Como a resiliência, a autodeterminação, o bem-estar, o caráter, a meditação e mindfulness, os afetos, o sentido da vida, dentre outros. Ela tem crescido cada vez mais, principalmente em nível internacional. Uma das áreas principais estudada é a satisfação com os relacionamentos interpessoais. E de acordo com Leo Buscaglia “Definir o amor seria limitá-lo”.
E a ciência?
Estar ciente ou tomar ciência. A busca pelo conhecimento está na ciência e a sua beleza está no rigor dos métodos. Utilizando uma metodologia cientifico-racional, para descrever fenômenos e compreende-los. Ciência é o argumento mais forte, segundo o professor
“ Um procedimento já padronizado para ter a maior certeza possível. A ciência caminha a passos lentos porque ela tenta ter a segurança de cada passo que dá”, afirma.
A imparcialidade é necessária para que não seja defendido nenhum lado. A racionalidade nesse processo é essencial, porque quando sentimentos são envolvidos, torna-se mais complicado. Então como ciência e amor se casam?
Ciência do amor
O amor também pode ser objeto de estudo de pesquisas. Cada vez mais a ciência vem explorando o amor e tentando compreendê-lo. Isso não vem de agora, iniciou-se na década de 70 esse olhar científico, quando alguns aut